A primavera e o verão são os períodos do ano de reprodução dos escorpiões e a época em que as fêmeas possuem a maior concentração de veneno. As altas temperaturas e o tempo abafado das estações, ambientes com entulho, lixo e folhagens, são responsáveis pela proliferação de insetos e animais peçonhentos em locais fechados. Por isso, é necessário que o cuidado seja redobrado para evitar riscos e acidentes por intoxicação e envenenamento por picada de escorpiões. A dedetização dos ambientes é a melhor opção para a prevenção de acidentes e problemas de saúde, e a única medida eficaz no controle das pragas.
Segundo o biólogo da Imediata Saúde Ambiental, Francis Britto, existem mais de 1.500 espécies de escorpiões no mundo, mas em Pernambuco, três tipos aparecem com mais frequência: Tityus Serrulatus (escorpião-amarelo), Tityus Stigmurus (escorpião de cor amarela) e Tityus Bahiensis (escorpião-preto). “Os aracnídeos vivem em ambientes escuros, quentes e úmidos. Eles possuem hábitos noturnos e não costumam atacar. Geralmente, só atacam quando se sentem ameaçados ou são tocados acidentalmente”, explica.
Os escorpiões apresentam um veneno neurotóxico e uma ferroada pode ser fatal, principalmente crianças e idosos. As vítimas podem apresentar dor intensa, inflamação no local da picada, náusea, vômito, aumento da frequência cardíaca, dificuldade para respirar, queda de pressão, dificuldade para caminhar, sonolência, confusão mental, tremores e espasmos. É necessário lavar o local da ferroada, tirar uma foto do escorpião para identificar a espécie e ir até uma unidade hospitalar o mais rápido possível. De janeiro a setembro deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou 11.358 atendimentos envolvendo o aracnídeo no estado.
Para evitar a proliferação, a recomendação do biólogo é a dedetização. “É essencial dedetizar ambientes com aparecimento frequente de baratas, cupim e insetos, já que estes são presas naturais dos escorpiões. Além disso, é ideal bloquear o acesso de ralos, tubulações e evitar entulhos em folhagens em geral, que são ponto de atração dos animais peçonhentos”, conta. O serviço só pode ser executado por empresas licenciadas e operadores capacitados.
No mercado em Pernambuco há 15 anos, a Imediata Saúde Ambiental atua no ramo do controle e combate de pragas e ações relacionadas a saúde ambiental, com a prevenção do meio ambiente, em indústrias, estabelecimentos comerciais, condomínios e residências. A dedetização, executada de acordo com o tipo de infestação e características de cada ambiente e superfície, é um controle químico e uma das etapas do conjunto de ações que compõem o controle integrado das pragas. São seis metodologias utilizadas para a criação de uma barreira química: pulverização, onde são aplicados um líquido defensivo de forma pulverizada; polvilhamento, com aplicação de inseticida de forma sólida com polvilhadeiras; isca gel, aplicação de inseticida em gel; iscas, colocadas em locais de foco; porta iscas raticidas, com caixas onde o rodenticida é oferecido; e iscas solidas, fixadas em portas iscas chaveados em telhados, esgotos ou locais de possível tráfego e rota de roedores. No caso dos escorpiões, o único método eficaz no combate é o defensivo com microcápsulas.
“O período de dedetizações varia de acordo com a realidade de cada residência ou empreendimento, uma vez que cada local possui condições e características próprias que podem favorecer o aparecimento, alojamento e desenvolvimento das pragas”, afirma Suzana Patrícia, coordenadora administrativa da Imediata Saúde Ambiental. A orientação é realizar o controle de forma mensal em ambientes com condições favoráveis para o aparecimento dos insetos e animais peçonhentos até que o grau do nível de infestação seja mínimo. No geral, o controle residencial das pragas é indicado a cada três ou seis meses.
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