O período de restrições da pandemia foi marcado pelo aumento de comportamentos como sedentarismo, alimentação desregrada e diminuição dos índices de atendimentos cardiológicos. De acordo com dados do Portal da Transparência da Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais), o número de óbitos por doenças cardiovasculares (AVC, infarto, entre outras) em Pernambuco no primeiro semestre de 2021 foi de 9454, configurando um aumento de 10% em relação a 2019, antes da pandemia (8581).
Em 2020, durante os meses em que a prática do distanciamento social foi mais rígida, houve um aumento de 31,82% de óbitos em domicílios de todo o Brasil em função dos problemas cardiovasculares.
O dado foi revelado em uma pesquisa feita pela SBC em parceria com a Arpen-Brasil e pesquisadores da UFMG e UFRJ. Assim, no Dia Mundial do Coração, realizado em 29 de setembro, a Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco (SBC-PE) faz um alerta para que a população volte a realizar exercícios físicos, respeitando todos os protocolos vigentes no estado, e que não hesite em ir ao médico ao perceber quaisquer sensações incomuns num órgão vital para a vida. "Os pacientes ficaram mais em casa e deixaram de ver o controle adequado das suas pressões.
Também deixaram de fazer controles da diabetes, com dietas menos regradas, outro fator que acaba contribuindo para aumento da obesidade e dos níveis de colesterol. É preciso voltar a procurar os médicos e as emergências cardiológicas nas eventualidades de se sentir mal. A atuação rápida diminui muito os riscos de complicações", diz Fernando Moraes, presidente da SBC-PE.
Foto: Pixabay/Reprodução
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