O presidente da República, Jair Bolsonaro (Claudio Reis/Folhapress)
O
presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação na reunião regional
sobre os incêndios na Amazônia, prevista para a próxima sexta-feira 6,
na cidade colombiana de Letícia, por “orientação médica”, informou nesta
segunda-feira seu porta-voz.
“Por
questões de orientação medica, o presidente precisará, a partir de
sexta-feira, entrar em dieta líquida”, dois dias antes de uma cirurgia
abdominal. “A consequência disso é praticamente inviabilizar uma viagem a
Leticia nesse momento”.
“O
governo brasileiro está analisando a possibilidade de um substituto ao
presidente da República, uma autoridade que possa representá-lo neste
evento ou, “eventualmente, a postergação a fim de que o próprio
presidente, pela importância que atribui ao tema, possa estar presente
em uma futura reunião”, disse o porta-voz Otávio Rego Barros.
A reunião foi proposta por Peru e Colômbia, no dia 27 de agosto, em meio ao alarme internacional envolvendo o aumento das queimadas na Amazônia, cujo território abrange nove países da América Latina.
No Brasil, que abriga a maior parte da Amazônia, desde janeiro até domingo os satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registraram 91.891 focos de incêndio, 1.390 a mais que na véspera, um recorde desde 2010 para este período. Deste total, 52% estão na região amazônica.
Os
dados do Inpe apontam que apenas em agosto a Amazônia concentrou um
terço de todo o fogo registrado no Brasil até aqui neste ano – 30.901
focos.
Mesmo
com a cirurgia, Bolsonaro garantiu nesta segunda-feira que estará
presente na Assembleia Geral da ONU para defender a posição do Brasil
sobre a Amazônia, “nem que seja de cadeira de rodas”. O Brasil
tradicionalmente realiza o primeiro discurso da conferência, marcada
para 24 de setembro.
“Eu
vou comparecer à ONU nem que seja de cadeira de rodas, de maca, vou
comparecer. Porque eu quero falar sobre a Amazônia”, disse Bolsonaro à
imprensa em frente à sua residência oficial em Brasília.
Bolsonaro
passará por uma quarta cirurgia no domingo, resultante facada no
abdômen que recebeu em 6 de setembro de 2018 em um ato eleitoral. Os
médicos estimam que ele precisará de um repouso de 10 dias.
(Com AFP)
(Com AFP)
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