Domingo último, milhares de brasileiros
saíram às ruas de 222 cidades para externar o seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Foram vistas em várias capitais faixas em defesa da aprovação da reforma
previdenciária e do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, da permanência do
Coaf no Ministério da Justiça e de críticas aos partidos do “centrão” por
supostamente estarem criando dificuldades para o presidente da República.
Também foram anotadas críticas aos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo
Maia e David Alcolumbre, respectivamente, o que é no mínimo estranho porque
ambos pertencem ao DEM e estão ajudando Bolsonaro a aprovar as suas reformas.
As
manifestações foram importantes para provar que o presidente da República não
está morto. Ele já perdeu cerca de 15% de sua popularidade nos últimos cinco
meses, segundo o Ibope, mas ainda tem gás suficiente para mobilizar os seus
apoiadores. No entanto, o mais importante neste “protesto a favor” não foi o
apoio à reforma da previdência e sim o “não apoio” ao decreto das armas. Não há
registro de manifestações em defesa da flexibilização da venda de armas, tal
qual estabelece o decreto presidencial, numa prova de que os próprios aliados
de Bolsonaro encaram essa medida com reservas.
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