Os governadores do Nordeste tiveram um encontro com Bolsonaro, na
última quinta-feira, mais amplo e participativo do que esperavam.
Trataram de vários assuntos, começando com a queixa do bloqueio de 30%
no orçamento das universidades e dos institutos federais. Pediram a
prorrogação e ampliação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)
Eles disseram que apoiam a reforma da Previdência desde que sejam
feitas alterações na proposta enviada ao Congresso Nacional, em temas
como aposentadoria rural e benefício de prestação continuada (BPC). "Foi
importante reiterar estes pontos de divergentes, ao ponto em que
colocamos que aceitamos o diálogo", disse o governador do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB).
"A posição da região Nordeste, firme, é de que também defendemos a
necessidade de mudanças para o equilíbrio na Previdência", acrescentou o
governador do Piauí, Wellington Dias. Acrescentou que os governadores
colocaram como prioridade a prorrogação do Fundeb, mas também mostraram a
"posição firme" contrária ao bloqueio no orçamento. "Na educação, nós
colocamos como prioridade um cronograma para a renovação do Fundeb",
disse.
"A posição firme dos governadores do Nordeste no sentido de pedir que
pudesse haver uma revisão em relação ao corte nas universidades",
acrescentou. "Fizemos um apelo ao presidente no sentido de rever o corte
que foi anunciado junto as universidades federais e aos institutos
federais. Fizemos este apelo levando em consideração o papel e a
presença fundamental que têm estas universidades e institutos federais
em todo o Brasil", afirmou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima
Bezerra.
"Foi importante reiterar estes pontos de divergentes, ao ponto em que
colocamos que aceitamos o diálogo", disse o governador do Maranhão,
Flávio Dino. Já o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), disse que as
mudanças poderão ampliar os votos favoráveis à reforma. Ele reforçou a
posição de que as mudanças previdenciárias alcancem servidores estaduais
e municipais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário