Por Arthur Cunha – especial para o blog
Para além do discurso ideológico, que funciona bem nas redes sociais,
o “fim” do Mais Médicos trouxe uma realidade cruel e que ainda não
entrou na propaganda: a ausência desses profissionais no interior dos
estados. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro se preocupa com questões
ideológicas e firulas internacionais, o povo brasileiro pena sem
atendimento.
E os prefeitos já não têm mais o que fazer. Em Pernambuco, a situação
é tão séria que os registros informais já dão conta de que o buraco
chega perto de 300 médicos a menos. Tem cidades, como Passira, no
Agreste, por exemplo, com um déficit de nove profissionais. Só sabe o
tamanho do problema quem sente na pele. Imagina você ou alguém da sua
família doente, precisando de atendimento, e não ter.
As vagas até existem, mas os profissionais não querem ir; recusam
salários de até R$ 12 mil, muito acima da média do que se ganha no
Brasil. Esse papel era feito pelos cubanos. Fora do debate ideológico, a
questão é bem prática mesmo. E precisa de uma solução urgente.
Ninguém aqui está defendendo ditadura ou que se utilize o dinheiro
dos impostos dos brasileiros para financiar governo “A” ou “B”. Mas seu
Bolsonaro tem a obrigação, não só com Pernambuco e o Nordeste, mas com
todo o país, de chegar a um denominador comum. Menos ideologia e mais
gestão, presidente. O Brasil não aguenta esperar.
Coluna do Blog do Magno
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