Dezenas de motoristas se reuniram, hoje
(10), para protestar contra o aumento da gasolina e percorreram alguns
postos de combustíveis em Petrolina. Os motoristas abasteceram carros
com R$ 1 do combustível e solicitaram a emissão do cupom fiscal.
Ao abastecer esse valor os manifestantes
geram prejuízo ao posto, já que os impostos pagos pelo empresário sobre
a nota fiscal não cobrem este custo.
Num comunicado distribuído nas redes
sociais ontem (9), a informação era de que a manifestação também
aconteceria em Juazeiro.
No final de fevereiro deste ano a Câmara Municipal de Petrolina realizou uma audiência pública para discutir o alto preço dos combustíveis na cidade.
O debate reuniu entidades representativas do setor, além de políticos,
Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Polícia Federal (PF), Instituto
de Pesos e Medidas de Pernambuco (IPEM-PE), Programa Municipal de
Defesa do Consumidor (Prodecon) e membros da sociedade civil.
Na ocasião, um dono de posto rebateu
denúncias de cartel e disse que o preço dos combustíveis em Petrolina é
praticado em cima do valor que é vendido na base da Petrobras de
Juazeiro (BA). Ele ainda afirmou que os postos bandeirados são obrigados
a comprar na distribuidora. Por isso, segundo Sérgio, não existe a
uniformização de preços.
Também presente à audiência, a promotora
de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina, Ana Cláudia de Sena
Carvalho, voltou a ressaltar que o MPPE continua trabalhando em cima de
denúncias recebidas e rechaçou denúncias de conivência.
O advogado do Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Pernambuco
(Sindicombustíveis-PE), Luiz Ricardo de Castro Guerra, descartou a
possibilidade de cartel e disse que a similaridade de preços é
registrada no Brasil inteiro. O mesmo disse o delegado da Polícia
Federal (PF) em Juazeiro, Enzo Rebelo. Ele destacou que, apesar das
justificativas apresentadas, boa parte da sociedade ainda desconfia.
Carlos Britto
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