O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou
hoje (16) que Jair Bolsonaro disse que "não quer" e "não pode" intervir
nos preços praticados pela Petrobras. A declaração do presidente foi
dada durante reunião com ministros para debater como funciona o processo
de formação de preços dos combustíveis.
"Uma frase que o nosso presidente disse logo no início da reunião, ou
seja: 'eu não quero e não tenho direito de intervir na Petrobras. Eu
não quero e não posso intervir na Petrobras'", relatou o porta-voz.
Segundo ele, Bolsonaro acrescentou que não pode interferir nos preços da
estatal por questões legais e políticas.
Na semana passada, a Petrobras havia anunciado um reajuste de 5,74%
do no preço do óleo diesel nas refinarias, mas a medida foi suspensa.
Segundo o governo, Bolsonaro queria entender aspectos técnicos
da decisão da Petrobras. Após a decisão de suspender o reajuste do
diesel, ocorrida na última sexta-feira (12), houve queda das ações da
petroleira na Bolsa de Valores de São Paulo, que registraram
desvalorização de 8,54%.
Segundo o porta-voz, o governo ainda estuda medidas para atender o
setor do transporte de carga, que vai além do impacto do preço do
diesel. A lista de demandas do setor passa por questões como piso mínimo
(tabelamento do frete), pontos de parada e descanso, transporte de
cargas perigosas, fiscalização do piso, infrações, marco regulatório do
transporte de cargas, renovação e manutenção da frota, aposentadoria,
cooperativismo, condições das rodovias e segurança.
Em maio do ano passado, a alta no preço do diesel levou à paralisação
da categoria, afetando a distribuição de alimentos e outros insumos, o
que causou prejuízos a diversos setores produtivos.
Em coletiva de imprensa hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou que o governo está comprometido
em não manipular preços. O governo anunciou, mais cedo, um pacote de
medidas para atender o setor de transporte de cargas do país. Uma delas é
a oferta, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), de uma linha de crédito especial para caminhoneiros autônomos, no valor total de R$ 500 milhões. Os recursos deverão ser usados para aquisição de pneus e manutenção dos veículos.
Outra medida anunciada pelo governo foi a recomposição de R$ 2 bilhões do orçamento do Ministério da Infraestrutura para a conclusão de obras de pavimentação e manutenção de rodovias.
Agência Brasil
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